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Os Dois Gumes da Faca


19 de Setembro, 2011


Ao pesquisar a palavra faca no Google, certamente o curioso internauta encontrará centenas de formas de uso para a popular ferramenta. Como comum utensílio de cozinha, a dona de casa faz dela indispensável ajudante em seu uso diário ao cozinhar para a família. No campo, o agricultor se beneficia dela como importante instrumento para vários fins.

Mudando a fonte de pesquisa para um site de notícias, o enfoque de seu uso deixa de ser a utilidade. Reportada como instrumento de crimes e tentativas de morte, neste caso a informação faz dela um instrumento de mau uso e a faca passa a ser a vilã da história. Um simples objeto, talvez uma das ferramentas mais úteis já criadas pelo Homem, tanto serve para ajudar como para ferir. No entanto, isso não muda sua condição de lâmina estática, cujo uso depende apenas e tão somente de quem e como a manuseará.

Mas, o que isso tem a ver com o mundo das finanças?

Simples de entender: o princípio é o mesmo. Assim como se determina a função para o uso da faca, as operações financeiras levam a mesma linha de conduta. O termo offshore, nada mais é do que fora do território e foi criado para denominar as operações de investimentos fora do país de origem. O mesmo ocorre com a denominação de empresa offshore, dispositivo igualmente legítimo e previsto na lei, que define uma empresa incorporada a uma jurisdição fora do país.

Os termos acabaram estigmatizados por estarem fatalmente ligados a operações ilícitas de pessoas inescrupulosas e corruptas e tornaram-se as vedetes preferidas da mídia, quando na verdade são ferramentas do mundo financeiro, que podem e devem ser usadas de forma legítima. O conceito ficou cada vez mais distante da percepção das pessoas e seu uso legal está completamente fora do conhecimento do grande público, que forma sua opinião sobre cada tema de acordo com as informações que recebe.

É compreensível porque essas ferramentas financeiras viraram fantasmas. Empresa offshore, passou a ser sinônimo de empresa fantasia e operação offshore, o símbolo da absoluta ilegalidade. Criados para explicar, os termos soam aos ouvidos leigos, quase como uma heresia.

Voltando à comparação inicial, assim como uma faca, uma operação offshore também tem dois lados. Usada de forma correta, trata-se de um dispositivo disponível e legal, que permite uma tramitação limpa no mercado financeiro. Igualmente como o gume da faca, tanto serve para cortar a picanha com precisão magistral, quanto fazer um talho na mão descuidada de quem não está apto a usá-la.

Então, convenhamos que o afiado e prateado metal nada tem a se desculpar.

Se usada no ângulo certo, a faca está ali para ajudar.

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